Homenagem

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                             Há uma Brasília silenciosa
                             Que não cabe na outra poesia
                             Não cabe na alegria 
                             Nem na comemoração. 
                             Uma Brasília de operários soterrados,
                             Em meio à construção.
                             De corpos de prostitutas 
                             A servir uma multidão.

                             Essa é uma Brasília que fica
                             Por trás das curvas de Niemeyer,
                             Do traçado de Lúcio Costa,
                             Do riso largo de JK.
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Da segunda à penúltima imagem, apropriadas do filme de 
Wladimir Carvalho, Companheiros velhos de guerra,
por Ailton do Almo.
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5 comentários:

lula eurico disse...

Marisa, que forte e belo é o teu blogue. Para fazer denúncias tão dolorosas, com poesia, com arte, sem se tornar panfletária é preciso sensibilidade e talento.
E essas duas coisas são a marca do teu blogue.
Parabéns!

Um abraço fra/terno.

Marisa. disse...

Muito grata, Eurico, pela visita, pelas palavras. Aprecio a simplicidade e a sinceridade.
Abraço.

Unknown disse...

Marisa,em primeiro lugar parabéns pelo blog,é belíssimo.Em segundo lugar precisamos divulgá-lo na escola.

Marisa. disse...

Fico muito feliz por ter vindo, Wagner. Obrigada. Algumas pessoas na escola já o visitaram, deram retornos bacanas via emeio e me sinto estimulada com a atenção e carinho. As portas estarão sempre abertas, com simplicidade e carinho.
Abraços.

Carrijo disse...

Oi Ma!
As imagens selecionadas foram ótimas, mas o poema que inicia foi execelente. PARABÉNS!!!!
No mais, concordo com os comentários do Eurico e do prof. Wagner.
Bj. Li