O que encontro pelo caminho conduz a lembranças e pensares sobre o tempo, sobre o corpo, sobre a vida, sobre a morte...










Um comentário:

Carrijo disse...

O caminho sempre manda mensagens para quem o sente a cada passo, por isso, vale lembrar o conselho de D. Juan, o bruxo:
“Todos os caminhos conduzem ao mesmo fim. Escolhe, portanto, o caminho do amor”.

No mais, olhando suas imagens e pensando em seu texto postado, lembrei-me de um poeta que conheci há pouco tempo, José Régio. Veja alguns trechos do seu poema “Cântico Negro”:
’Vem por aqui’
Dizem-me alguns com olhos doces, estendendo-me os braços, e seguros de que seria bom que eu os ouvisse quando me dizem: ‘Vem por aqui’!
Eu olho-os com olhos lassos, ( há nos meus olhos ironias e cansaços) e cruzo o braços, e nunca vou por ali.
Não, não vou por aí!
Só vou por onde me levam meus próprios passos... Se vim ao mundo, foi só para desflorar florestas virgens e desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!
O mais que faço não vale nada.
Ide!
Tende estradas, tendes jardins, tendes canteiros, tendes pátrias tendes tetos, e tendes regras, e tratados, e filósofos e sábios.
Eu tenho a minha Loucura! Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura, e sinto espuma, e sangue e cânticos nos meus lábios...
Ah, que ninguém me dê piedosas intenções! Ninguém me peça definições!
Que ninguém me diga: ‘vem por aqui’!
Não sei por onde vou, não sei para onde vou, sei que não vou por aí!”

Beijos, Li :)