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Um jardim entre grades, a natureza e seu movimento, chuva e vento em harmonia com Carmina Burana.
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Um pouco sobre Carl Orff e Carmina Burana:
http://www.das.ufsc.br/~sumar/perfumaria/Carmina_Burana/carmina_burana.htm
"Criançamento"
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Como é linda a voz de uma criança. É uma música tão gostosa de ouvir. Aliás, as coisas nascidas de logo são tão belas: o broto de uma planta, um botão de rosas, a mãozinha macia de um bebê, a unhinha do seu dedo mindinho. Lindo tudo. Passo sempre por uma rua onde há uma casa que criam algumas galinhas, na verdade é uma espécie de galinheiro/gaiola, já que o espaço é pequeno, bem na frente. Imagino que seus moradores sejam algum tipo de saudosistas do interior de Goiás, que teimam em manter um vínculo com a pré-modernidade, nessa ex-satélite da moderna Brasília. Tempos atrás passava por ela e naqueles dias haviam nascido muitos pintinhos. Não os via, mas escutava os piados múltiplos e seguidos, aquele barulhinho agitado acompanhou-me por muitos metros... parecia uma musiquinha, um chorinho acelerado, tão fininho, baixinho, suavezinho... Senti saudades, mais um tipo de saudade da minha infância, quando convivia com esses sons que vibravam junto com o ar ensolarado das tardes interioranas. Aqueles piadinhos, na hora, fez-me lembrar as vozes e chorinhos dos bebês, já que bebês eles também são. Não sei o que irão fazer com aqueles animaizinhos, provavelmente não experimentarão o cantar ou o cacarejar dessa ave adulta, assim como nem todas as vozezinhas de tantas crianças, não chegarão a pronunciar palavras inteiras, com um som grave, pois serão retiradas da vida antes do tempo. Escutando uma musiquinha assim de uma criança conversando noutro dia num ônibus bem cheio, lembrei-me desses pintinhos, que haviam me feito lembrar de bebês, que me fazem pensar em música, em botões de rosa, no verso de um poeminha que escrevi há anos atrás sobre o barulhinho das gotas de água nas folhas que se pareciam com rock de grilo, que me faz pensar na chuva, e essa nos desabrigados das enchentes e essa quantidade de gente solta me faz lembrar das guerras e das imagens da TV de crianças mortas nos atuais conflitos...(pausa)...
A voz de crianças, além de se pareceram com os botões de flor e os piadinhos finos dos pintinhos, se parecem também com os diamantes nas jóias e as estrelas no céu.
Como é linda a voz de uma criança. É uma música tão gostosa de ouvir. Aliás, as coisas nascidas de logo são tão belas: o broto de uma planta, um botão de rosas, a mãozinha macia de um bebê, a unhinha do seu dedo mindinho. Lindo tudo. Passo sempre por uma rua onde há uma casa que criam algumas galinhas, na verdade é uma espécie de galinheiro/gaiola, já que o espaço é pequeno, bem na frente. Imagino que seus moradores sejam algum tipo de saudosistas do interior de Goiás, que teimam em manter um vínculo com a pré-modernidade, nessa ex-satélite da moderna Brasília. Tempos atrás passava por ela e naqueles dias haviam nascido muitos pintinhos. Não os via, mas escutava os piados múltiplos e seguidos, aquele barulhinho agitado acompanhou-me por muitos metros... parecia uma musiquinha, um chorinho acelerado, tão fininho, baixinho, suavezinho... Senti saudades, mais um tipo de saudade da minha infância, quando convivia com esses sons que vibravam junto com o ar ensolarado das tardes interioranas. Aqueles piadinhos, na hora, fez-me lembrar as vozes e chorinhos dos bebês, já que bebês eles também são. Não sei o que irão fazer com aqueles animaizinhos, provavelmente não experimentarão o cantar ou o cacarejar dessa ave adulta, assim como nem todas as vozezinhas de tantas crianças, não chegarão a pronunciar palavras inteiras, com um som grave, pois serão retiradas da vida antes do tempo. Escutando uma musiquinha assim de uma criança conversando noutro dia num ônibus bem cheio, lembrei-me desses pintinhos, que haviam me feito lembrar de bebês, que me fazem pensar em música, em botões de rosa, no verso de um poeminha que escrevi há anos atrás sobre o barulhinho das gotas de água nas folhas que se pareciam com rock de grilo, que me faz pensar na chuva, e essa nos desabrigados das enchentes e essa quantidade de gente solta me faz lembrar das guerras e das imagens da TV de crianças mortas nos atuais conflitos...(pausa)...
A voz de crianças, além de se pareceram com os botões de flor e os piadinhos finos dos pintinhos, se parecem também com os diamantes nas jóias e as estrelas no céu.
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Marisa.
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sexta-feira, fevereiro 13, 2009
Partilhando...
Recebi esse texto por emeio e gostei. Como não havia informações sobre sua autoria, resolvi pesquisar e encontrei o "Comunicação Militante", então criei esse link para divulgar, pois é uma reflexão importante e muito redonda.
Comunicação Militante: Jabor, ventríloquo de suas próprias tripas
Comunicação Militante: Jabor, ventríloquo de suas próprias tripas
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Marisa.
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sexta-feira, fevereiro 13, 2009
Um conselho
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Leia um poema todos os dias. Eles são uma espécie de pílulas para a vida eterna...
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Leia um poema todos os dias. Eles são uma espécie de pílulas para a vida eterna...
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Marisa.
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terça-feira, fevereiro 10, 2009
Tentativa poética
Que lugar é esse que eu não chego?
mas só eu as sinto em mim.
Eu necessito de espaço que me permita.
As palavras
alargam-se na extensão da minha alma doída,
Na impossibilidade de
conduzi-las ao exterior,
para então ser pescada por
alguém desavisado de que essas
palavras são canto de vento.
É, canto.
Anguloso mesmo.
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Marisa.
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quinta-feira, fevereiro 05, 2009
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