Todos nós somos colecionadores de anos. Minha coleção está lá pela metade, segundo as estatísticas. Metade de vida. Minha mãe dizia que essa era a volta da curva...rsrs... Os novos anos que virão têm jeito de completude e poderão trazer suspresas... gosto delas! Gosto do cheiro novo dos novos caminhos. Dos novos sóis que brilharão. De novas sensações, de cada novo jeito que o corpo descobre para perceber, à medida que se modifica. Das novas perspectivas dentro do grande círculo do existir: concêntrico, esférico, facetado. À medida da caminhada, a coleção vai se ampliando, como flores que vão sendo apanhadas, formando um grande buquê. Perfumes diversos, texturas tantas, espinhos em muitas, suaves pétalas em outras. É a minha coleção, particular e ao mesmo tempo compartilhada. A Lya Luft diz que temos todas as idades e nos cabe vivenciá-las todas, sempre que desejarmos. Drummond poetizava dizendo que nosso aniversário é um nascer toda hora. Eu cá comigo silencio e fico pensando números, que parecem não estão tatuados e nem moldam o meu ser, pois aguardo meus presentes como quando era menina e projeto o futuro que se estende ao infinito...
.
A beleza de morrer cantando
.
Despedida from Eduardo Escorel on Vimeo.
Registro em vídeo do último chorinho de Paulo Moura, no hospital, sábado passado, dois dias antes de morrer, quando recebeu a visita de vários músicos amigos que fizeram um sarau de despedida para ele.
.
Quem dera todos nós, pudéssemos concluir nossos dias assim...
.
Postado por
Marisa.
...
terça-feira, julho 20, 2010
Assinar:
Postagens (Atom)